"É triste saber, que como resultado de uma disputa amorosa entre Deodoro da Fonseca e Silveira Martins, tenha sido decisiva no golpe de Estado de 1.889 "
É triste saber que, como eu fui, hoje os nossos filhos e netos são enganados com a história da Proclamação da República, dessa República que se aproveita do povo, que compra votos e não cura a miséria. Os textos escolares não ensinam, mas a mídia da época indica que a despeito da intensa propaganda republicana, a ideia da mudança de regime político, de monarquia para república, não ecoava no país, pois em 1884, apenas três republicanos foram eleitos para a Câmara dos Deputados; na legislatura seguinte, apenas um e na última eleição realizada no Império do Brasil, a 31 de agosto de 1889, o Partido Republicano só elegeu dois deputados.
Como não conseguiriam realizar seu projeto pelo voto, os republicanos para concretizar suas ideias optaram por um golpe militar, procurando capitalizar o descontentamento das classes armadas com o governo civil do Império. Como precisavam de um líder de prestígio na tropa, para levar a efeito seus planos, se aproximaram de Deodoro (um “ingênuo”) procurando seu apoio para um golpe de força contra o governo imperial. Isso foi difícil, pois Deodoro era de convicções monarquistas, era amigo declarado do imperador Dom Pedro II e lhe devia favores.
Em 14 de novembro de 1889, os republicanos fizeram correr o boato, absolutamente sem fundamento, de que o governo do primeiro-ministro visconde de Ouro Preto havia expedido ordem de prisão contra o Marechal Deodoro e o líder dos oficiais republicanos, o tenente-coronel Benjamin Constant. Tratava-se de proclamar a República antes que se instalasse o novo parlamento, recém-eleito, cuja abertura estava marcada para o dia 20 de novembro. A falsa notícia de que sua prisão havia sido decretada foi o argumento decisivo que convenceu Deodoro finalmente a levantar-se contra o governo imperial. Pela manhã do dia 15 de novembro de 1889, o marechal reuniu algumas tropas e as pôs em marcha para o centro da cidade, dirigindo-se ao Campo da Aclamação, hoje chamado Praça da República. Penetrando no Quartel-General do Exército, Deodoro decretou a demissão do Ministério Ouro Preto – providência de pouca valia, visto que os próprios ministros, cientes dos últimos acontecimentos, já haviam telegrafado ao Imperador, que estava em Petrópolis, pedindo demissão. Ninguém falava em proclamar a República, tratava-se apenas de trocar o Ministério, e o próprio Deodoro, para a tropa formada ante o Quartel-General, ainda gritou "Viva Sua Majestade, o Imperador!”
Enquanto isso, em vista dos acontecimentos, Dom Pedro II reuniu o Conselho de Estado no Paço Imperial, aceitou a demissão do visconde de Ouro Preto e iniciou a organizar o novo Ministério. Os golpistas, para convencer a Deodoro romper os laços com a monarquia, na noite do dia 15, o informou que o novo primeiro-ministro, escolhido pelo Imperador, era Gaspar Silveira Martins, correligionário do visconde e político gaúcho, com quem o Marechal não se dava por conta de terem disputado o amor da mesma mulher na juventude.
A História oficial não diz, mas foi por causa de uma mentira e uma dor de cotovelo que nasceu a República do Brasil e o irresponsável Deodoro derrubou o regime, desrespeitou a Constituição e fechou o congresso. Pelo erro de Deodoro vemos os absurdos da república de hoje!
Drº Alberto R. Fioravanti
Conselheiro Vitalício do CMB
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